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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Lembranças...

Lembranças de amigos, de amores... Lembranças de pessoas e  momentos que não mais irão voltar. E como é triste sofrer a dor que uma lembrança nos traz e, ainda que nos remeta a algo bom, hoje em dia ela apenas faz parte das lembranças, de momentos que não mais se viverá. Aquele abraço de avó  que hoje só acontece na memória, na lembrança... Lembrança de algo que nunca mais ira acontecer... Ah, se pudesse voltar no tempo... Faria diferente,  faria  com que cada lembrança dessas, cada abraço (e como sinto falta desses abraços), hoje fossem vivos, que no momento em que ocorreram eu tivesse dado a eles a real importância, pois são esses momentos que dariam força. Força que às vezes me falta, para viver, para seguir em frente. Pois quando esses momentos são realmente vividos eles nos trazem a tona o porque e para que vivemos. Aquela conversa com os amigos, amigos que hoje mal vejo. Como seria importante ter ouvido o que cada  um tinha a dizer, quais eram seus sonhos, seus

Decisão

"Desistir de tudo..." "Recomeçar..." "Mudar..." Idéias sedutoras que, entretanto, muitos ignoram... Não percebem que elas não podem ser levadas ao pé-da-letra, pois, nada nessa vida é possível sem que ao menos desistamos de uma coisa. Tudo requer sacrifícios, requer escolhas. Escolhas estas que parecem impossíveis de se tomar e, que se as tomarmos, não terão bons frutos... As pessoas não pensam que, se existem duas escolhas a serem tomadas e elas não escolhem nenhuma, elas acabaram de criar e tomar uma terceira... a pior de todas, a decisão covarde e a que não leva a lugar algum. Tudo o que fazemos tem uma consequência, e essa regra também vale para o que não fazemos... Ou seja, toda e qualquer ação tomada (ou não), terá grande importância em nossas vidas. Não cabe a mim e, muito menos é da minha conta o que cada um faz de sua vida mas, se fizer o que sempre fez, só vai conseguir o que sempre conseguiu ...

Cântico Negro

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali... A minha glória é esta: Criar desumanidades! Não acompanhar ninguém. — Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha mãe Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. Como, pois, sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os