O Vento chama, e o quê digo?
As sombras da noite, o silêncio das ruas... Ruas sempre vazias perante a noite longa, como toda cidade pequena e perdida do interior. Vida pacata, noite calma e silenciosa. Silencio e escuridão que clama por pensamentos, clama por vida, por poemas clama incessantemente, nessa fome incessante de vida. E nas lacunas da vida que cessa durante a noite eu vivo... Não planejo, só sinto. E sinto muito por isso. O vento chama o verbo, a noite clama por perdão e o silencio procura compreensão. Na solidão encontro meu carrasco, meu martilho. Essa incessante dor de não ter a resposta. Dor que explode em minha mente, caminha em minha cabeça ate explodir do cerne da minha consciência. Latente em meu córtex cerebral E vivo e minto, e minto muito bem... Meu discurso é ótimo, todas as palavras se encacham, porém. Não tenho resposta que expressem minha falta de expressão... Expressões não ensaiadas nunca passam o que sinto, mas são as únicas que tenho. Talvez não tenha aprendido às telas.