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Mostrando postagens de julho, 2013

Fraqueza

Não tenho brilho Muito menos cor Não sei como suprir O que me falta, quem eu sou O dia é sempre negro A ausência solar é rotineira Não há luz que ilumine meus passos Nem curvas em meu caminho Na navalha, dou passos lentos Às cegas, sem saber quando cairei Perco as forças, rendo-me à dor Ao sangue saindo dos pés Prostro-me sobre a lâmina Reconheço, eu perdi Deixo minha carcaça secar E abraço o demônio a sorrir

Manhã de Dor

E na mais mal humorada das manhãs Meu sangue mistura-se com o ácido Veneno escorre de meus poros Dor de cabeça, incômodo Por onde passo contamino O que não sou capaz de destruir Apodreça, apodreça Como minha carne, teu escárnio Dor, dor, dor! Meu fôlego me abandona Facadas em meu crânio Enjoo Amargor e amargura vêm à tona Minha face é inexpressiva Estou frio Meu corpo, quiçá, vivo

Léxico

Uso palavras belas para seduzir, e nelas abrigo minhas malevolências: Pelo Ego é sempre mais fácil cativar. Não me importo com consequências, pois sempre consigo o que quero. Encanto, envolvo, domino. As mentes fracas querem que alguém, ou algo, lhes dê sentido para a vida e sempre tornam-se escravas de elogios, egocêntricas, vaidosas. Lhes arranco a carne e vejo suas almas feridas, ofereço-lhes a cura e as tomo para mim. Estão sempre ao meu alcance, escravas da minha opinião. Viciados em elogios, carentes de incentivo, desesperados por um pouco de atenção. Pessoas incertas trazem consigo uma profunda carência. Meia dúzia de elogios e palavras convincentes são o suficiente para lhes despertar interesse. Três ou quatro palavras de crítica lhes transformam em seus inimigos mortais. Palavras são baratas, mas eficientes.