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Mostrando postagens de agosto, 2013

Desabafo

Versos fracos Palavras modestas Caminhando em cacos Rimas funestas Sempre atrasado Nunca sou visto Desarmado grito: Eu desisto!

Suor Noturno

Confundimos nossas pernas no bálsamo da madrugada Eram dois corpos, duas brasas, duas navalhas ligeiras E ao sentir o gosto do orvalho em minha boca molhada Minhas bochechas ficavam vermelhas Me banhando do suor nas tuas coxas de veludo Meus seios imaturos nas tuas mãos se arrepiavam Por um instante o meu gemido mudo Dava voz às almas penadas que de mim saltavam Você, me olhava de canto a canto ali na cama, nua Eu, escondia com os cabelos o rosto corado Você me fazendo sentir toda sua Eu te sentindo em meu corpo acoplado Aquele suor noturno escorrendo através das veias do meu pescoço marcado Pelas pontas afiadas da tua barba provocante Dizia sobre o prazer de estar ao teu lado E provar da tua penetragem vacilante Você me pervertia as vias respiratórias Com tua velocidade segura Escrevendo em minhas costas as tuas histórias Dançando teu Tango na minha cintura Não sabíamos exatamente sobre os riscos e o perigo Contemplando a perda da ino

Ver(so)

De linhas retas faz-se a estrada Palavras confusas, meu viajante favorito Marcas em meus papéis, sempre hemorrágicos Personas desumanas, frígidas Alter egos de múltiplas faces Lembranças falsas de vidas inexistentes Criações que personificam quem escreve Coisas estranhas, coisas da mente Seres que não esboçam nada Comumente, não há gesto algum descrito Unanimidade de finais trágicos Que se seguem após vidas hauridas Sentimentos constantes, alicerces Ora bons, ora indiferentes O que falta é quem os observe Ou, alguém que ao menos tente