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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Uma Reflexão - A Vida e a Dor

Por que será que nós temos sempre que acreditar nos modos que o mundo nos impõe como necessários de se viver? Precisamos abrir os olhos, olhar para os nossos planos, que são muitos. Pensem nas pessoas que ficaram conhecidas por sua sabedoria e afinco. Eu me recuso a aceitar que elas seguiam à risca tudo o que o mundo dizia. O mundo diz que devemos sofrer para amar, o mundo diz que para sermos felizes temos que sofrer, o mundo diz que para realizar nossos sonhos temos que sofrer, o mundo diz que temos que sofrer para conseguir tudo... Como podemos insistir em tamanha mentira? Como podemos aceitar o fato de que é de pessoas depressivas, arrasadas e sem vontade de viver que o mundo precisa? Sim, todas as conquistas precisam de uma batalha parar valerem a pena, mas nunca concordei com o fato de nos esforçarmos tanto para sentir a dor, para sofrer. Não precisamos sofrer para ser felizes, não precisamos sentir o amargo da dor para poder desfrutar da doce felicidade... Todos

Grafia do Sangue

Sangra em mim o que preciso escrever. Sangra em nós. E nos fundos das telas em branco. Que almejam um pouco de cor. Nos olhos molhados da plateia de um Homem só. No coração da Mulher que não sabe lidar. N'alma da ausência que só faz é molestar. Na distância que maltrata, que reduz tudo à pó. O pó de todo dia, na dor de toda noite, na vida morta de cada sonho. A vida cheia de sonhos, o pó cheio de vida. Sangra no Mundo o que precisa ser escrito. Mas deve ser escrito. Como deve ser vivido. Deve ser posto p'ra fora. No tossir, no falar, no respirar. No palpitar do coração, no olhar. Na solidão, no desabar. Segure minha mão. Mas não se assuste com o peso da minha saudade. No abismo não cairemos. Deixando-o cair sobre nós. Ele nunca será tão profundo. Nem maior do que o sangue que banha o mundo em... Amor. L. Kuchma e D. Soares

15 minutos de fracasso

Ao pegar seu vioão preto surrado e arriscar alguns acordes ele percebe que seus dedos não acompanham mais o ritmo de sua mente. As cordas do instrumento não mais têm o som de outrora. Suas melodias são fracas, fajutas, clichês. A melancolia vem com força: sua melhor qualidade o abandonara. Ele acreditava que possuía talento, ou que ao menos os anos de estudo tenham valido a pena. Está cheio de emoções para expressar mas não sabe como, uma hora vai explodir. Nunca se importou tanto com o que sabia ou não... Agora parece ser tarde. O ânimo e a dedicação para a música foram substituídos pela aceitação. Não tem mais vontade de continuar, não sua habilidade desapareceu. Está tão triste e desconsolado com sua falta de capacidade que resolve escrever, grita ao mundo em palavras tímidas um ínfima parcela da dor que sente sem querer sentir. Bloqueios malditos! Cada um vem mais forte e mais desanimador que o anterior. Quem sabe lendo o que escreve de si mesmo em tereira pessoa (pois nesses momen

Mais um dia na Terra

Com passos lépidos e precisos Aquele homem caminhava Tinha medo de não viver o suficiente Porém não via a morte, que chegava Sentado numa poltrona qualquer Um idoso estava contra sua vontade Vendo canais aleatórios na TV Sem poder mais andar Recordando sua mocidade Mais uma casa triste Com mais uma triste mulher Chorava o filho perdido na guerra "Por que ele teve de morrer?" A criança brincava num parque Com uns amigos, uns colegas Viu um bando de homens Que o ensinou o que são as trevas Um louco sonhador mergulhava Sem medo e sem receio Mergulhava em seus planos Queria atingir suas metas Não importassem os meios Uma mulher sozinha Sozinha consigo chorava Chorava um amor perdido Chorava por quem não a amava Um poeta escrevia E ainda escreve, a dor do mundo Sente suas feridas, seus medos Tudo