O Vento chama, e o quê digo?

As sombras da noite, o silêncio das ruas... Ruas sempre vazias perante a noite longa, como toda cidade pequena e perdida do interior. Vida pacata, noite calma e silenciosa. Silencio e escuridão que clama por pensamentos, clama por vida, por poemas clama incessantemente, nessa fome incessante de vida. E nas lacunas da vida que cessa durante a noite eu vivo...

Não planejo, só sinto. E sinto muito por isso.

O vento chama o verbo, a noite clama por perdão e o silencio procura compreensão. Na solidão encontro meu carrasco, meu martilho. Essa incessante dor de não ter a resposta.
Dor que explode em minha mente, caminha em minha cabeça ate explodir do cerne da minha consciência. Latente em meu córtex cerebral

E vivo e minto, e minto muito bem... Meu discurso é ótimo, todas as palavras se encacham, porém. Não tenho resposta que expressem minha falta de expressão... Expressões não ensaiadas nunca passam o que sinto, mas são as únicas que tenho. Talvez não tenha aprendido às telas. Nunca as cri... Ou talvez jamais às sentisse?!

Em meu quarto por muito escuro e sereno, em sua forma distorcida, em que levo essa bagunça caprichada. Sinto-me seguro, e me asseguro que o mundo esteja seguro de mim. E minha mente instável, insegura, fácil e fraca; que pode abalar seu mundo apenas por capricho ou ser destruída tão somente por não saber ser minha.

Preciso de silêncio e música... Sempre! Ao mesmo tempo.

Não posso lhe dizer de quantos tombos se faz um homem. Nem tão pouco quantos terei até ser um (Me sinto uma criança que mal aprendeu a dividir os brinquedos) . A vida parece ser mais complicada do que poesia.

E na escuridão que se faz o meu futuro, clamo por loucura...
Ainda sim agradeço à “alma”, à poesia que me motiva que por poucos instantes de lucides e sanidade me guiam a um lugar melhor em mim...






Abner Lucio

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