Sutilmente


Vós sois almas errantes?
Capengando, há muito tempo.
E tais demônios que coléricos lhes acompanham?
Em peso e crueldade, há muito tempo.

Máscaras de sutilezas em criaturas grotescas,
cercando armaduras pesadas e frias.
Ocultando e destruindo qualquer esperança
que em tais olhos, outrora havia.
Uma nuvem negra e agourenta surgiu
Trazendo consigo mais sutilezas
e máscaras... Vazias!

A trombeta final havia soado
Sozinhos estávamos
despreparados...
Embora protegidos (Oh! Armaduras frias)

As máscaras usavam sutilezas (aconchegantes) como armas.
Nos seduziam...
Abandonar o frio mortal do aço era algo tentador.
O calor, naquele momento
era o que eu mais almejava
e, quanto mais sutis máscaras surgiam,
mais a armadura pesava...

Talvez fosse o frio congelando meu espírito.
Talvez fosse aquela pesada armadura minha...
Ao ver aqueles olhos sutis...
Olhos meus, há muito exilados.
D'uma época de sutilezas e poesia...

Tudo veio abaixo
Não haviam demônios!
Não haviam nuvens!
Não haviam máscaras!
Eu estava sozinho!

Era só uma carcaça estirada de fronte ao espelho
Que sutilmente, sorria.

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