Melancolia
É sangue, vinho, café
A mortalha sobre o nada
A espada enferrujada
A descrença, o abandono da fé
Dor que vai e volta como a brisa
Fria, quente, inconstante
Castiga essa alma errante
Pois é de punição que ela precisa
Pergaminhos ensanguentados
Em meio às garrafas, ao chão
Pensamentos nas poças de vinho
Humores quebrados
Dores em vão
Males em minha memória fizeram ninho
As sombras me encaram
Mas não ouso retribuir o olhar
O ato é de matar
Os sonhos que sobraram
Não me apetece esquecer
Não me importa lembrar
Acontece que estive errado, todo esse tempo
Para viver, é preciso sangrar
Este, sem dúvida, é um dos meus favoritos. ♥
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